Reunidos no bar São Pedro, alguns esportistas, entre os quais José Piragine Sobrinho e Herminio Cappabianca, decidiram fundar um quadro de futebol, formado com jogadores locais. Aquela época, estava em evidência o Esporte Clube Sírio, que mediante proposta de Cappabianca, foi então denominado Esporte Clube XV de Novembro de Jaú.
O Esporte Clube XV de Novembro de Jaú foi fundado no dia 15 de novembro de 1924, como homenagem à Proclamação da República. As cores que o clube ostenta, verde e amarela, também fazem alusão às cores da Bandeira Brasileira.
Em 1931, o clube recebeu o apelido de “Galo da Comarca” e o animal continua como mascote.
Inicialmente, XV de Jaú passou duas décadas disputando torneios amadores pelo interior do Estado e apenas em 1948 resolveu se profissionalizar, quando participou de sua primeira competição profissional: o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Disputou a competição até 1951, quando foi campeão ao derrotar na final o Jabaquara, obtendo o acesso à Primeira Divisão.[3]
Em 8 de março de 1953, o XV de Novembro fez um jogo amistoso em Jaú contra o Flamengo, que terminou empatado em 2 a 2. Posteriormente o XV de Novembro retribuiu a visita do Flamengo, fazendo amistoso no Maracanã a 10 de setembro de 1953, resultando num empate de 4 a 4.
O clube conseguiu manter-se na elite do futebol estadual por oito anos, mas em 1959 acabou rebaixado à Segunda Divisão.
O XV de Jaú participou de nove edições da Segundona e, em 1968, resolveu fazer uma pausa no futebol profissional, retornando apenas em 1975, no Campeonato Paulista da Primeira Divisão, equivalente à atual Série A2. Durante o tempo em que ficou inativo, o clube aproveitou para inaugurar seu estádio, o Zezinho Magalhães, que tem capacidade para 13 mil pessoas. Em jogo contra o Juventus, no dia 15 de agosto de 1973, o XV de Jaú não estreou com vitória em seus domínios e foi derrotado por 2 a 1. O gol do time da casa foi de Dejair Godoy, o primeiro da história do estádio.
Em 1976, o XV de Jaú chegou a mais uma conquista: foi campeão paulista da Primeira Divisão, conseguindo acesso à Série Especial (equivalente à atual Série A1), competição que disputou por quase duas décadas, até 1993, quando foi rebaixado à Série A2. Nesse meio tempo, em 1977, o estádio Zezinho Magalhães registrou recorde de público: 24.533 pessoas para assistir à partida entre XV de Jaú e Corinthians, pelo Campeonato Paulista.
Nesse ano de 1976, também após uma partida pelo campeonato em São Carlos contra o Grêmio Sãocarlense, quando houve uma briga generalizada entre as torcidas, causando feridos. Na volta da delegação e da torcida em caravana à Jaú, aconteceu um trágico acidente na Rodovia Luís Augusto de Oliveira que liga São Carlos a Jaú, no qual faleceram torcedores do XV de Jaú, causando comoção e luto na cidade.
Após disputar a Série A2 do Estadual nos anos de 1994 e 1995, o clube conseguiu voltar à A1 em 1996, mas logo no ano seguinte foi rebaixado.
Em 1998, o XV de Jaú não fez boa campanha e amargou mais um rebaixamento, para a Série A3.
Já em 2006, o clube foi vice-campeão desta divisão, conseguindo retornar à A2. Mas três anos depois voltou à A3 do Campeonato Paulista, onde permaneceu até 2012.
Em 2012, o XV não fez boa campanha durante o Campeonato Paulista, e chegou à última rodada do certame precisando da vitória. O jogo foi no estádio Zezinho Magalhães contra o lanterna da tabela, o Taboão da Serra. O XV não conseguiu a vitória, ficando no 2 a 2 e amargando o rebaixamento para a série B1 (quarta divisão do futebol paulista).
Com sérias dificuldades financeiras em decorrência das más administrações anteriores, o XV de Jaú não consegue disputar a "quarta divisão" do paulista em 2015, e suspende suas atividades esportivas, retomando-as em 2016, após parceria firmada com empresários da região.[4][5]
Cores da equipe
Ao mesmo tempo em que sugeria a nova denominação, mediante a aprovação dos demais participantes daquele encontro, Herminio Cappabianca escolheu as cores oficiais da nova agremiação: camisas verde, amarela e branca e calções brancos.
Galo da comarca
A alcunha de "Galo da Comarca", segundo apontamento do esportista Manoel do Porto, publicada no Jornal Comércio do Jaú, foi atribuída ao clube em 1931, durante reunião da qual participavam representantes dos clubes que compunham a 3ª Zona do campeonato da Associação Paulista de Esportes Athléticos (APEA). Desta chave participavam, além do clube jauense, a A.A. Barra Bonita, A.A. Mocoembu (Dois Córregos) e Bocaina F.C.[6]
Não aceitando a posição adotada pelos demais clubes, Manoel do Porto, delegado do time, provocou a reação do Dr. Antônio Galizia, que representava o Bocaina. Dirigindo-se aos demais, disse: "O XV quer ser o galo" e precisamos quebrar-lhe a "crista". A frase do eminente baririense, na ocasião representando o Onze de Bocaina, teve a pronta resposta de Manoel do Porto, nestes termos: "Então o Sr. quer dizer que o XV quer ser o Galo da Comarca?". Dessa tirada filosófica de Manoel do Porto, nasceu a alcunha que é marca registrada do auri-verde Jauense.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte_Clube_XV_de_Novembro_(Ja%C3%BA)